terça-feira, 22 de novembro de 2016

NÃO VÁ! SEJA ENVIADO

Percebo que cresce o número de missionários que desejam caminhar de forma independente, sem serem enviados por uma igreja local e sem prestar contas a alguma liderança. Há também igrejas que não creem no envio missionário ou não desejam participar deste processo. 

Parece-me que a Bíblia dá clara importância ao processo do envio missionário, coordenado por Deus e envolvendo tanto a igreja quanto os vocacionados. Em Atos 13, nos versos 1 a 4, lemos que a igreja em Antioquia estava orando e jejuando quando ouviu a voz do Espírito Santo e impôs as mãos sobre Paulo e Barnabé para que chegassem aos gentios, segundo a vontade de Deus. Vejamos como o processo aconteceu. 

O verso 1 fala sobre aqueles que eram reconhecidamente líderes na igreja em Antioquia. O verso 2 destaca que Paulo e Barnabé "serviam ao Senhor", demonstrando que possuíam vida com Deus e testemunho entre os irmãos. Logo depois declara que o próprio Espírito Santo falou com a igreja para que os separasse "para a obra a que os tenho chamado", que era a evangelização dos gentios. Não sabemos como a igreja ouviu a voz do Espírito, mas a Palavra esclarece a sua postura de busca, oração e submissão ao ouvi-la. O verso 3 afirma que a igreja (possivelmente os líderes) impôs as mãos sobre Paulo e Barnabé e os despediu. Despedir, do grego 'apoluo', significa "não reter", ou seja, soltar as amarras ou abrir a porta para que alguém saia. O verso 4 narra que eles, enviados pelo Espírito Santo, logo seguiram para Chipre cumprindo a missão. 

A declaração de que foram "enviados pelo Espírito Santo" não exclui a igreja ou os missionários deste processo, ao contrário, os inclui. Enviar, do grego 'ekpempo', significa "fazer sair". A figura nos versos 3 e 4 é da igreja abrindo a porta e do Espirito Santo fazendo Paulo e Barnabé sairem. Assim, a narrativa do texto demonstra que todo o processo de enviar e ser enviado se deu na igreja de Deus (v 1), foi elaborado pela iniciativa de Deus (v 2), conduzida na relação com Deus (v 3) e finalizada por Deus (v 4). O papel da igreja ao enviar e do missionário a ser enviado, portanto, é fazer a vontade de Deus. 

A imposição de mãos possuía um significado específico entre romanos e gregos no primeiro século. Compreendê-lo também nos ajuda a perceber a responsabilidade de enviar e o privilégio de ser enviado. 

Sinal de autoridade: Esse “impor de mãos” em Atos 13 remonta ao grego clássico quando um pai impunha suas mãos sobre o filho que lhe sucederia na liderança da família, uma transferência de autoridade. Para Paulo e Barnabé indicava que eles possuíam a autoridade eclesiástica para fazer o que a igreja faria, mesmo onde ela não estivesse presente como congregação. É, portanto, ao mesmo tempo uma carga de autoridade e responsabilidade. Eles poderiam pregar a Palavra, orar pelos enfermos e confrontar os incrédulos com o evangelho, mas ao mesmo tempo precisariam também compartilhar da mesma fidelidade e dedicação que existia naquela comunidade dos santos em Antioquia. Prestariam contas à igreja. 

Sinal de reconhecimento: A imposição de mãos também era usada em momentos oficiais, como na cidade de Alexandria, quando vinte oficiais foram escolhidos para guardar a entrada da cidade que sofria com frequentes ataques de nômades. Sobre eles foram impostas as mãos em sinal de reconhecimento de que eram dotados das qualidades para aquela função. Para Paulo e Barnabé, significava que a liderança da igreja reconhecia não apenas o chamado (que era claro), mas também a maturidade e dons para cumprirem a missão. 

Sinal de cumplicidade: Encontramos também no contexto imperial o “impor de mãos” no sentido de cumplicidade, quando generais eram enviados a terras distantes para coordenar uma província. As autoridades enviadoras impunham as mãos demonstrando que os enviados não seriam esquecidos. Permaneciam como parte do corpo mesmo não estando entre eles. Para Paulo e Barnabé, era o equivalente a dizer que, por mais distante que fossem, permaneceriam ligados à igreja de Antioquia. E que essa igreja continuaria responsável por eles, amando-os, orando por suas vidas e sustentando-os em suas necessidades. 

Havia, portanto, um forte vínculo de relacionamento entre a igreja enviadora e os missionários enviados. Este vínculo, porém, não se fundamentava prioritariamente no compromisso humano ou em um projeto de trabalho, mas na profunda convicção de que enviadores e enviados estavam fazendo a vontade de Deus, o qual inicia, autoriza e coordena toda a ação. Ao fim do dia, sejamos a igreja que envia ou os missionários que vão, é isto que nos fundamenta: a profunda convicção de que estamos fazendo a vontade do Pai. 

Impor as mãos como sinal de autoridade e reconhecimento não é tão desafiador para a igreja como em sinal de cumplicidade, pois ser cúmplice implica em algo contínuo que demanda dedicação, amor e prolongado cuidado. 

Ter as mãos impostas como sinal de reconhecimento e cumplicidade não é tão desafiador para o missionário como em sinal de autoridade, pois aponta para a necessidade do missionário respeitar, submeter-se e prestar contas à igreja. 

É certo que todo salvo em Cristo é chamado por Deus (1 Pedro 2:9). Chamado para a oração, adoração, comunhão, testemunho, Palavra e proclamação do evangelho. E em meio a todos os salvos Ele também chama alguns para ministérios específicos (Efésios 4:11), a fim que a igreja seja edificada e que o evangelho seja propagado. 

Ao vocacionado ao ministério, eu aconselho: não vá, seja enviado. Envolva-se com sua igreja local a fim de que o seu chamado e dons sejam reconhecidos, a voz do Espírito seja ouvida e você seja enviado pela igreja e como parte da igreja. 

Aos pastores e líderes, dois conselhos: (1) Não retenham aqueles que Deus tem chamado. Envie-os em nome de Jesus para que o evangelho de Jesus seja proclamado e o Seu nome glorificado. (2) Não enviem para longe aqueles que não são uma bênção perto. Quem não possui um bom testemunho perto não o terá longe. Observem o testemunho de vida, a convicção do chamado e o preparo para o ministério antes de envia-los. 

Entendo que alguns vocacionados ao ministério sofrem pela falta de consciência missionária da própria igreja local ou de sua liderança perante o seu chamado. Muitos aguardam um encorajamento e apoio que nunca chegam, o que lhes traz frustração e desencorajamento. Neste cenário o primeiro passo é orar. Ore por sua igreja e por seus líderes, para que sejam conduzidos por Deus a entender a forma e o tempo certo para o seu envio. Deus ouve as orações. Em segundo lugar invista. Invista na vida de seus pastores e líderes para o estudo da Palavra sobre a missão. Tenho visto muitos pastores com uma visão missionária despertada após terem lido um bom livro ou ouvido uma exposição bíblica sobre a missão. Em terceiro lugar testemunhe. Não aguarde ser enviado para servir a Cristo, envolva-se com sua igreja local e desafios missionários ao seu redor. Sobretudo, não desanime. Aquele que o chamou há também de envia-lo, para que o evangelho seja pregado e o nome de Deus seja glorificado entre todas as nações.

domingo, 13 de novembro de 2016

Dr. Dráuzio Varela: Se não quiser adoecer - "Fale de...

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças 
como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.. Com o tempo a 
repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, 
confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados.
O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia..

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A 
indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é 
feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder 
vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de 
doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.
Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o 
fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de 
mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia 
negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que 
está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando 
toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.
Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com 
muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos 
algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os 
que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, 
destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é 
sabedoria, bom senso e terapia. 

Se não quiser adoecer - "Confie"

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria 
liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não 
há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em 
Deus. 

Se não quiser adoecer - "Não viva SEMPRE triste!"

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida 
longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.

"O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O Papel do Remidor (ou resgatador) no Antigo Testamento

O resgatador (hebraico goel) dentro da cultura judaica representava a justiça e a misericórdia, para com um membro do clã, que se encontrava em necessidade. Por isso Deus criou (legislou) a lei do remidor.

Sem alguém membro do clã, que tivesse passando por problemas financeiros e precisasse, vender um bem (propriedade) para saldar a divida. A primeira pessoa por direito a comprar tal propriedade (se pudesse)  era o resgatador (mas se este não tivesse condições, o mais rico do clã deveria fazer a função de remidor). Com intento de preservar os bens ou propriedade (principalmente terra), como posses do clã - Se teu irmão empobrecer e vender uma parte da sua possessão, virá o seu parente mais chegado e remirá o que seu irmão vendeu (Levítico 25.25).

Um homem endividado poderia se vender como escravo ao credor para saldar a divida. Os reféns de guerra também eram vendidos como servos. Nas duas situações, um parente do escravo, deveria encontrar o remidor do clã, que iria se empenhar (se pudesse) a comprar a liberdade do parente - Se um estrangeiro ou peregrino que estiver contigo se tornar rico, e teu irmão, que está com ele, empobrecer e vender-se ao estrangeiro ou peregrino que está contigo, ou à linhagem da família do estrangeiro, depois que se houver vendido, poderá ser remido; um de seus irmãos o poderá remir; ou seu tio, ou o filho de seu tio, ou qualquer parente chegado da sua família poderá remi-lo; ou, se ele se tiver tornado rico, poderá remir-se a si mesmo (Levítico 25. 47-49).

Quando qualquer homem casado pertencente ao clã, viesse a falecer, sem experimentar a paternidade (ser pai), o remidor deveria casar com a viúva, para tão somente proporcionar filhos a viúva. Este princípio era chamado de “lei do casamento do levirato” (cunhado). O primogênito (primeiro filho) desta união era reconhecido como descendente do finado, para preservar seu nome, sua honra e memória dentro clã - Se irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem deixar filho, a mulher do falecido não se casará com homem estranho, de fora; seu cunhado estará com ela, e a tomará por mulher, fazendo a obrigação de cunhado para com ela. E o primogênito que ela lhe der sucederá ao nome do irmão falecido, para que o nome deste não se apague de Israel (Deuteronômio 25. 5,6).


O remidor também vingava a morte de um parente, intitulado “vingador do sangue”. Para o homicida culposo (sem intenção) foram criadas as “cidades de refugio” na qual ninguém podia tocar naquele que matou por acidente. Já no caso de um homicida doloso (com intenção), mesmo que o assassino conseguisse chegar à cidade de refugio, deveria ser entregue, para que o vingador do sangue executasse a “lei de talião” (tal, qual. Olho por olho, dente por dente) - Mas se alguém, odiando a seu próximo e lhe armando ciladas, se levantar contra ele e o ferir de modo que venha a morrer, e se acolher a alguma destas cidades, então os anciãos da sua cidade, mandando tirá-lo dali, o entregarão nas mãos do vingador do sangue, para que morra (Deuteronômio 19. 11,12).

Mas com o advento de Jesus Cristo, Ele se tornou nosso redentor (remidor). Vingando por nós contra satanás, pagando pelas nossas iniqüidades, nos livrando da escravidão do pecado. Portanto, Ele é o verdadeiro resgatador (redentor) da humanidade! E esta informação deve se propagada a todos! 

Por Luciano Rogerio de Souza

terça-feira, 8 de novembro de 2016

A intolerância religiosa foi tema da redação do Enem



"A Liberdade de religião e também de não ter religião está inclusive na base do Cristianismo e chama-se livre arbítrio. Ora, a minha fé em Cristo como único Deus e único Salvador da minha vida não me dá o direito de agir com objetivo de restringir a liberdade do outro em ter ou não ter uma religião. Se nem Deus obrigada que as pessoas o aceitem, como posso eu querer obriga-las. 

Da mesma forma, tenho o meu direto de confessar e propagar a minha fé, inclusive compartilhando com outras pessoas, claro, desde que estas aceitem me ouvir. E devo acrescentar, se quero ser ouvido no falar sobre a minha fé, devo saber ouvir o outro. Isso é liberdade e tolerância religiosa. Imagine, milhares de Cristãos morrem em países onde prevalece o Islâmismo radical. Como alguém pode ser a favor da intolerância religiosa? Isso é impensável. 

Querer ser respeitado passa por respeitar o próximo. Isso não faz de mim menos Cristão. Não preciso acreditar no que o outro acredita. Preciso apenas entender os limites da vida em sociedade. Para mim, como Cristão, há um único Deus, o nome Dele é Cristo e eu faço tudo o que está ao meu alcance para que o meu próximo entenda isso e seja também salvo como eu acredito que sou. Tudo.. menos querer obriga-lo a isso! Bom dia a todos!"

domingo, 6 de novembro de 2016

// SEMINÁRIO CER ( Crianças em Risco ) - 25 a 27 de Novembro //


Nos dias 25, 26 e 27 de novembro realizaremos nosso primeiro seminário de Crianças em Risco. Serão três dias onde abordaremos temas importantes para a formação da criança, como:

-Família funcional e família disfuncional;
-As sete necessidades basicas da criança;
-Sexualidade;
-Tipos de abuso e suas consequências;
-Modelos e políticas de proteção.

Entre em contato conosco você que é de Vila dos cabanos, Barcarena e Região, queremos lhe servir neste tempo com informações que acrescentarão muito em sua família, ministério e convivência com as crianças.

"Quem ama, tempo investe".

alcanceamazonico@gmail.com
(91) 9 9835-4841 whats (tim)