quinta-feira, 28 de julho de 2016

Aprisionados em caixas


Beatriz Figueiredo de Rezende

Tempos de crise política e econômica evidenciam tendências sociais que, em períodos de maior bonança, não se expressam com tamanha notoriedade. O posicionamento político dualiza-se. Fato que não consiste em uma mera consequência da exaltação de paixões ante um contexto de crise, mas em uma exteriorização da dualidade de pensamento disseminado nas instituições de ensino superior e, a partir delas, à toda sociedade.

A adesão incondicional a ideologias e o ódio a ideologias contrárias têm, por consequência, a busca de se distanciar ao máximo de possíveis pressupostos comuns. Ao caminhar em sentidos opostos, cria-se uma padronização dual do pensamento.

O conhecimento, assim, deixa de ser um processo complexo e pessoal. Torna-se uma escolha – limitadíssima – de ideologias. A universidade, ao invés de possibilitar um debate divergente e construtivo, converte-se num local onde as alternativas se restringem a algumas “caixas prontas”, cada qual já traz consigo todos seus pressupostos, argumentos, frases de efeito e conclusões. A tarefa do estudante é simples: escolher uma das ‘caixas’.

O pensamento simplifica-se em posicionamentos rivais e qualquer indivíduo passa a ser enquadrado em uma de duas características: direita ou esquerda, liberal ou conservador, progressista ou reacionário, feminista ou machista, coxinha ou petralha etc.

O problema não é, no entanto, a inexistência de divergências, mas a forma como são encaradas. Divergências de cunho superficial em relação a certa ideologia até são aceitas para o debate. Porém, dificilmente se progride com questionamentos superficiais. Já divergências que questionam as bases de determinada ideologia são desqualificadas de imediato, enquadradas na ‘caixa rival’, com a qual não se dialoga. No máximo, dirigem-se aos tidos como adversários intelectuais, as repetidas críticas, que mais se baseiam em deboche que em argumentos.

Configura-se, assim, uma guerra fria intelectual: teorias antagônicas se desenvolvem sem diálogo. Estruturam-se dois monólogos independentes. Para que haja diálogo, não basta que dois lados se expressem, é preciso que troquem ideias e analisem seriamente as críticas recebidas, para assim, não necessariamente chegando a um consenso, progredir no pensamento crítico. Ao contrário do que julgam muitos intelectuais – que pautam seus caracteres na constância ideológica – a crítica ao pensamento divergente, sem a autocrítica, não constitui um pensamento crítico.

Universidade evoca liberdade de pensamento. Mas, o que se verifica são pensamentos aprisionados a ideologias. Poucos são os que enfrentam a forte coerção para que tomem um posicionamento, poucos são os que conseguem conviver sendo hostilizados de ambos os lados. Poucos são os que não aderem a nenhum dos lados do muro, não porque estão em cima do muro, mas porque, para eles, não há muros para o pensamento. O pensamento pressupõe liberdade, sem ela, torna-se repetição de ideias. E para isso – pasmem! – crie uma universidade para papagaios, não para homens!

Ainda há, no entanto, seres pensantes que defendem que discutamos ideias e deixemos a tosca função mecânica de selecionar a qual “caixa” pertencem: A favor do “Bolsa Família”? Esquerda. A favor do impeachment da presidente? Direita. Diz “presidente”? Machista. A brilhante filósofa Hannah Arendt, que considera a perda da capacidade de reflexão um dos piores males da modernidade, expressa: "Meus amigos progressistas me chamam de conservadora; meus amigos conservadores, de progressista. Não creio que as verdadeiras questões deste século XX receberão qualquer tipo de esclarecimento desta maneira."

Aqueles que resistem ao aprisionamento do intelecto suplicam: “Não tentem enquadrar meu pensamento em suas caixas. Quero argumentos, não rótulos. O primeiro estimula o debate, o segundo mata-o.” Estou, pois, entre estes alunos que ousam dizer: “Agradeço, mas não quero nenhuma dessas caixas. Caixas prontas já fizeram muito mal à humanidade. Prefiro usar minha caixola!”


Beatriz Figueiredo de Rezende é graduanda em Ciências Econômicas na Unicamp e membro do IFE CAMPINAS

sábado, 23 de julho de 2016

SECEC 2016 - Fazenda Rio Grande / PR - Eu Fui!!!


Esse ano participei do SEDEC (Seminário de Desenvolvimento Comunitário) é um curso promovido pelo CADI (Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral) e sem duvida foi um marco em minha vida.


Começamos o SEDEC aprendendo sobre Cosmovisão Cristã.


Logo depois aprendemos sobre princípios de desenvolvimento comunitário.


Aprendemos também a fazer diagnósticos de comunidades e fomos praticar fazendo de nossas próprias comunidades e também o projeto semente.


Pra findar, os conceitos de Modalício e Sodalício, e as esferas de soberanias.  


Foi um tempo de muito aprendizado...


O próximo SEDEC será em Belém do Pará...

domingo, 10 de julho de 2016

Religiosidade ou Evangelho?

A religiosidade anuncia a possibilidade de alcançar vitórias em várias áreas da vida. O Evangelho proclama que Cristo já alcançou a única vitória necessária.

A religiosidade usa Deus como meio para o que deseja. O Evangelho revela Deus como o início e fim, o primeiro e o último, o alfa e o ômega.

A religiosidade é o homem tentando se aproximar de Deus por meio de instituições. O Evangelho é Deus graciosamente reconciliando o mundo consigo mesmo por meio de Jesus Cristo.

A religiosidade diz: evolua espiritualmente e desenvolva a si mesmo para agradar a Deus. Mas o Evangelho diz: negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e saiba que Cristo já O agradou eternamente em nosso lugar.

Na lógica iracunda da religiosidade: Deus olha nos meus olhos, vê minha forma de viver, e me aceita ou me rejeita. Na factualidade do Evangelho: Deus olha nos meus olhos, vê Jesus Cristo, e me ama de forma imutável de eternidade em eternidade.

Na religiosidade: o evangelho me serve para que eu aumente o meu "eu" e me sinta mais influente e usado por Deus. No Evangelho: eu sirvo a Deus para me diminuir e amar melhor o meu semelhante. 

Na religiosidade: se eu obedeço, há bênçãos de Deus; se eu peco, há punição Deus. CUIDADO! No Evangelho: se eu obedeço, há Graça de Deus; se eu peco: há Graça de Deus! DESCANSE!

Na religiosidade, o discurso é: continue no caminho de Deus, não desista, você vai conseguir; é só ler a bíblia e orar todo dia. No Evangelho, a boa notícia é: Desista, você não vai conseguir, mas saiba que Cristo conseguiu por você! Vá, e se for ler a bíblia e orar... Faça isso por amor e cheio de gratidão!

Na religiosidade, o discurso da alma é: "não viverei de qualquer forma para não ir para o inferno". No Evangelho: "ainda que eu vivesse de qualquer forma eu sei que Deus continuaria me amando; Ah! 

Esse amor me constrange tanto que eu quero é viver para relevar ao mundo o caráter DELE!". Na religiosidade: vamos construir um templo suntuoso para pregar aos pobres. No Evangelho: vamos construir uma casa para abrigar os que precisam. 
Na religiosidade: se guerrearmos em oração teremos vitória. No Evangelho: com muita oração o nosso coração se encherá de gratidão pela vitória que Deus já nos concedeu na cruz do calvário.
Na religiosidade: estudo a Palavra para ter conhecimento. No Evangelho: eu estudo a Palavra para encarná-la e vivê-la!

Na religiosidade: Deus te ama e por isso te perdoa. No Evangelho: Deus te ama e por isso entregou o seu único Filho para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 
Na religiosidade: sente-se ali, aceite Deus e você terá a vida eterna depois da morte. No Evangelho: arrependa-se e creia que Deus te aceita no seu Filho Jesus Cristo e verás que a vida eterna começa agora (João 17:3). 
Na religiosidade: pobreza financeira é falta de fé. No Evangelho: pobreza de compaixão e solidariedade é que é falta de fé. Na religiosidade: Deus te fará prosperar financeiramente. No Evangelho: o Filho de Deus não tinha onde reclinar a sua cabeça. Na religiosidade: precisamos cumprir a Lei de Deus. No Evangelho: Cristo cumpriu a Lei por nós!

Na religiosidade: precisamos trabalhar para terminar a obra de Deus. No Evangelho: ESTÁ CONSUMADO!
No religiosidade: Deus tem um propósito para todos nós, fique tranquilo que tudo dará certo. No Evangelho: Deus já revelou o seu propósito para todos nós em Cristo Jesus, fique tranquilo, já deu tudo certo!


Lucas F. Fleury

quarta-feira, 6 de julho de 2016

CADI – Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral

O CADI é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, de proteção à infância, à adolescência, e à família. O CADI existe desde 1994, e seus projetos priorizam o atendimento às crianças, adolescentes e famílias em risco social. Hoje, o CADI compõe uma coalizão de 10 organizações cristãs de referência em ações transformadoras, atuando diretamente em 8 estados brasileiros: Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Ceará, Pernambuco, Bahia e Espírito Santo. Em 2013, os projetos de intervenção social do CADI alcançaram cerca de 17.000 beneficiários, e outras 5.000 pessoas participaram de eventos e programas de formação e capacitação em empreendedorismo social.
O trabalho das unidades do CADI se baseia na promoção do acesso à assistência social, educação, arte-cultura, esporte, profissionalização, saúde, segurança alimentar, formação cidadã e advocacy.
VALORES
  1. Excelência no serviço
  2. Relacionamentos como meio para a transformação
  3. Família como elemento central de intervenção
  4. Compromisso com o pobre
  5. Integridade
MISSÃO
Prestar assistência, promover o acesso aos direitos e facilitar o desenvolvimento integral de pessoas e famílias em contextos de vulnerabilidade social, gerando transformação.
UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA
Tudo começou em um frio dia de inverno de 1994, em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba. Após breve diagnóstico comunitário, o trabalho foi iniciado com uma escolinha de futebol e atividades de recreação orientada para crianças. No coração, apenas a inquietação e o inconformismo com a pobreza e a injustiça, e um enorme desejo de ajudar, empreender, transformar sonhos em realidades, restaurar a dignidade e as esperanças perdidas das pessoas.
Em 20 anos de trabalho, foram abertas frentes de trabalho nas áreas de educação, saúde, esporte, lazer, arte/cultura, profissionalização, inclusão produtiva, empreendedorismo, defesa de direitos e formação cidadã. Como resultado das ações de mobilização da sociedade e formação de lideranças, o CADI transformou-se num “movimento social” e novas unidades de serviço foram implantadas: Ji-Paraná (RO), Palhoça (SC), Aratuba (CE), Camaçari (BA), Campo Grande (MS), Sooretama (ES), Gaibu (PE) e Valença (BA). Muitas outras organizações e projetos sociais nasceram ou foram inspirados pelo CADI. Graças ao apoio e engajamento de muitas pessoas e parceiros que se comprometeram com a causa, aquele pequeno grupo de recreação para crianças se transformou em quase 300.000 beneficiários. Além disso, o CADI tem prestado assessoria e apoiado grupos e organizações cristãs em diversos países, entre eles: Marrocos, Senegal, Bolívia, Burkina-Faso, Angola, Moçambique e Madagascar.
Em 2012, nasceu o CADI Brasil, organização de assessoria e governança institucional que presta apoio às unidades do CADI e parceiros em todo o país, nas diversas áreas necessárias para uma intervenção social transformadora e de qualidade: gestão, mobilização de recursos, comunicação, gestão do conhecimento, elaboração de projetos e qualidade técnica.

sábado, 2 de julho de 2016

Em Breve... meu 1º Livro


Conheça um pouco:

No princípio criou Deus os céus a terra e o Futebol...

“E Ele levou sobre si todas as nossas contusões, todas as nossas lesões. O cartão vermelho que nos traz a paz estava sobre Ele e pelas travas de suas chuteiras nós fomos sarados.”

Faça parte de um time “que não é apenas vencedor, mas é mais que vencedor”.

___________________________________

Faça sua compra antecipada e me ajude a imprimir meu livro, você compra um cartão "vale o livro" e no dia do lançamento você troca o cartão pelo livro. Contato: (91) 99297-1777 (zap)