terça-feira, 31 de maio de 2016

VAMOS MORRER UM POUCO HOJE?


Por Adhilio Wictor

"Depois disse a todos: — Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto cada dia para morrer como eu vou morrer e me acompanhe" (Lucas 9:23) 

Já imaginou receber um convite para morrer diariamente? Ou ainda, um convite a esquecer de tudo o que é importante pra você? Como seria acordar todas as manhãs e pensar que aquele poderia ser o dia em que sua vida chegaria ao fim?

Eu fico tentando entender como ficou a cabeça dos doze homens para os quais Jesus falou isso, eram doze homens que largaram tudo para seguir alguém que se dizia ser o Messias enviado por Deus. O próprio Jesus os haviam escolhidos (Lc. 6: 12-16), e agora eles descobrem que deveriam estar dispostos a abrir mão de sua própria vida para poder se tornar seguidor do Messias. Jesus não falou isso no meio da multidão, o texto de Lucas 9:18 mostra que ele estava sozinho e apenas seus discípulos chegaram perto dele.

Podemos entender então que para ser multidão não era necessário morrer, a multidão sempre foi abençoada por Jesus, foi ela a quem Ele alimentou com pães e peixes, nela diversas pessoas foram curados, até mortos do meio da multidão Jesus ressuscitou, mas o convite a abrir mão dos seus interesses pessoais, e se for preciso até morrer, foi feito apenas aos discípulos, e isso em um local reservado, onde só estava Jesus e os doze.

Será que esse convite foi só para os doze daquela época? Ou podemos aplica-lo para nossos dias? É tão comum vermos igrejas lotas e diversas pessoas sendo curadas de doenças, ou atrás de qualquer outro interesse pessoal, mas quando o desejo dessa multidão é saciado, eles retornam a suas casas, e os únicos que ficam são os discípulos, e é para eles que Jesus faz o convite de morte.

Lendo o texto mais adiante eu não vejo nenhum dos doze desistindo, pelo contrário, eles continuaram seguindo a Cristo. Ou seja, eles estavam dispostos a morrer, mesmo que um tenha traído e o outro tenha negado, a disposição perdurou por pelo menos três anos do ministério de Jesus.  

Hoje, Jesus é muito claro ao perguntar-nos o que queremos ser? Se multidão ou discípulo, a escolha é nossa, porém o requisito para isso é bem claro. Acredito que o autor George Bernard entendeu perfeitamente esse convite de Cristo, e por isso ele compôs a canção “A mensagem da Cruz”

“Levarei eu também minha cruz, até por uma coroa trocar”

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Mini-Curso Elaboração de Trabalhos Acadêmicos



Precisa normalizar o seu trabalho? Não perca o mini-curso Elaboração de Trabalhos Acadêmicos, a ser ministrado no dia 01/06, às 16h, pelo bibliotecário Carlos Nascimento Jr.

A programação faz parte da Semana da Biblioteca Aimé Césaire da Aliança Francesa Belém, com entrada franca e emissão de certificados. Mais informações: 3224-3998 / 98443-8252 (Whatsapp)

domingo, 29 de maio de 2016

A "SUPERFICIALIDADE" de Deus

 Marcio Cidcley

Faço parte de uma geração onde o mais importante é o interesse do homem, onde Deus é o que serve, onde sentimentos/emoções são mais importantes do que a fé. Onde os nossos sonhos tem mais valor do que os de Deus, onde o certo é buscar os interesses pessoais e amaldiçoar a Deus é moda. Onde as murmurações se tornaram as chateações gospel porque Deus não tem trazido a existência os nossos desejos. 

Sou de uma geração que os louvores são centrado nos homens e não em Cristo, sou de uma geração onde o valor da pessoa é medido pelo que ela tem e não pelo que ela é! Sou de uma geração sem identidade, sem vida com Deus... sou de uma geração que coloca acessórios na Cruz, para ela ficar mais interessante, atraente...acessórios místicos, acessórios religiosos e acessórios pessoais. Sou de uma geração que se tirar todos acessórios que colocaram em Jesus e deixar somente Jesus! Muitos não se sentiriam atraídos, a Ele. Sou de uma geração onde a canção é a verdade e não a palavra, que o ego precisa ser massageado e não destruído. Sou de uma geração de crentes melindrosos, pois não se pode falar nada que se magoam.. sou de uma geração que não mede esforços para correr e realizar seus projetos.. Porém para o Reino sempre tem uma desculpa. Sou de uma geração que cantores gospel são mais importantes que a própria Palavra, que igrejas valorizam coisas e não pessoas. Sou de uma geração onde Deus não esta presente no mundo, pois não tem espaço para Ele no mundo dos crentes. Sou de uma geração que a humanidade pergunta “Onde está o seu Deus?...”. 

Foto de Marcio Cidcley Oliveira.Por isso sou de uma geração de um Deus superficial. Não que Ele seja superficial, mas foi o Deus que esta geração criou, um Deus que deve fazer o que queremos e não o que Ele quer, uma geração sem compromisso com Reino e sim com seu culto. Uma geração de líderes, pastores, apóstolos e querubins que são títulos sem praticas, sem vida. 

O Deus desta geração não conhece a graça, que o pecado é o padrão e a santidade a exceção, de uma geração que criaram mercenários que para louvar ou pregar tem que pagar, Geração que valoriza o misticismo acima da palavra ou destorce a palavra para confirmar seus pensamentos e desejos. Enfim, não sei mais que geração é esta, que muitos falam que é a geração da mudança, a geração do avivamento.... 

Infelizmente é a GERAÇÃO DA SUPERFICIALIDADE. 

1 Pedro 1: 13 - Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para agir; estejam alertas e coloquem toda a esperança na graça que lhes será dada quando Jesus Cristo for revelado. 14 Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. 15 Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, 16 pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo” 17 Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês. 18 Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira SUPERFICIAL de viver, transmitida por seus antepassados, 19 mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, 20 conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês. 21 Por meio dele vocês crêem em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e o glorificou, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus. 22 Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração. 23 Vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente.” 

Hebreus 3:10 - Por isso, me indignei contra essa geração e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos. 

sábado, 28 de maio de 2016

Culto de missões



Eu só tenho uma palavra a dizer a vocês: Obrigada! Obrigada por estar conosco antes, durante e depois de nossa missão. Obrigada aos pastores que com carinho nos recebem e investem para que o Reino de Deus continue se expandindo nas Nações da terra. Só Deus para os retribuir! E que essa parceria continue ao longo dos anos. Obrigada Assembléia de Deus Itororó, vocês são top! Que Deus os abençoe!

Jacky Cohen
Missionaria da India

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Assista ao vivo - Conferencia Fiel Jovens - De Modo Digno - 26 a 29 de Maio


Vivei, acima de tudo, por modo digno
do evangelho de Cristo
 (Fp 1.27)
Imagem é tudo! Essa frase é o resumo perfeito de como o mundo tenta conformar os que são seus. "Vista esta marca; tenha este corpo; busque este alvo."
Entretanto, não somos escravos deste século. Somos um povo que Deus libertou e santificou para mostrar sua glória ao mundo. Como Igreja do Senhor, somos chamados para sermos conformes à imagem do Filho de Deus. Essa imagem é tudo!
Sendo assim, a forma como vivemos comunica algo sobre o nosso Salvador. Quando vivemos de modo digno de Deus, somos um poderoso testemunho evangelístico, mas quando falhamos, o nome de Cristo é blasfemado entre as nações.
Que imagem você tem refletido? Você tem vivido de modo digno da mensagem que carrega? Venha ser desafiado, nesta 14ª Conferência Fiel para Jovens, a viver de modo digno do evangelho: pela igreja, no trabalho, nas finanças, nos relacionamentos e na sociedade.
Esperamos tê-lo conosco!
James Richard Denhan


Programação

Veja a programação da Fiel Jovens 2016
Para Assistir: ministeriofiel.com.br/

quinta-feira, 26 de maio de 2016

35º Aniversário da AD Itororó, 26 a 29 de Maio.


Venha comemorar conosco nossos 35 anos Fortalecendo a Família. ‪#‎ADItororó‬

Ás 19:30h no Templo da Itororó na Tv. Eneias Pinheiro Nº 46 entre Rua Nova e Canal da Pirajá.

Não Perca!!

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Mobilização Contra O Abuso Sexual Infantil


Sábado agora, 28 de Maio a partir das 8 horas da manhã, eu, meus amigos e uma galera massa da IGREJA PEDREIRINHA estaremos lá no bairro do Guamá dizendo que CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO. 

Tu estás super convidado, chama quem tu puderes, faz um cartaz, trás apitos, balões e a tua voz que é muito importante. 


As crianças precisam de proteção e muitas vezes o abuso sexual infantil está mais perto do que imaginamos.


Tu podes confirmar presença nesse link aqui:https://www.facebook.com/events/1793273070920127/


Evangélicos que abusam de crianças

Lá longe, aqui perto, o problema está em todo lugar! É possível combater o abuso sexual de crianças perpetrado por pessoas envolvidas em ministério pastoral ou ministerial? Nós, evangélicos, acreditamos com facilidade nas denúncias de abusos cometidos por padres católicos que usam de sua posição de autoridade e confiança comunitária para comprar o silêncio de suas vítimas e perpetuar a situação abusiva. Será que tal comportamento é prerrogativa apenas dos religiosos não evangélicos? É evidente que não! Assim como é também evidente que algo mais preventivo precisa ser feito, como via de regra, em nossas comunidades de fé para proteger as crianças dos lobos que por aqui se vestirem de ovelhas!

A ABWE (Association of Baptists for World Evangelism), uma agência missionária norte-americana, acaba depublicar um relatório no qual ela admite que as alegações de assédio e abuso sexual de crianças que circularam por anos contra o missionário Donn Ketcham eram, de fato, verdadeiras. O missionário trabalhou como cirurgião em um hospital mantido pela missão no Bangladesh entre os anos 1961 e 1989. Sua vítimas incluem 4 mulheres e 18 crianças.

“Todo o remorso, culpa ou vergonha do mundo não seriam suficientes para reverter o sofrimento e dor que causamos,” afirmou Al Cockrell, presidente interino da ABWE, ao anunciar a publicação do relatório. “Nos dispomos a nos encontrar com as vítimas pessoalmente para expressar nosso pedido de perdão com um coração contrito; queremos custear o aconselhamento delas, e garantir para elas que estamos implementando as medidas necessárias para prevenir que comportamento tão deplorável venha a acontecer novamente.” 

As meninas, todas filhas de missionários da mesma missão, hoje já são mães e em alguns casos avós. Esperaram por décadas para que suas histórias fossem ouvidas e reconhecidas como verdadeiras. Este novo capítulo está sendo escrito pela ação cada vez mais insistente de alguns grupos de filhos de missionários, em sua maioria, egressos de internatos mantidos por agências missionárias nos países onde mantinham suas bases de operação. Wess Stafford, presidente emérito da Compassion International, compartilhou em 2010numa reportagem de capa da “Christianity Today” sobre os abusos sofridos quando criança e estudante de internato semelhante na África Ocidental. [leia aqui o testemunho de Wess em português]. No caso da ABWE, todas as crianças moravam com seus pais numa base missionária.

Uma outra agência missionária, a New Tribes Mission, com atuação global entre povos tribais, operou por várias décadas escolas para filhos de missionários norte-americanos em regime de internato. Como o trabalho que realizam é focado nas aldeias de povos indígenas onde não havia sequer a oferta de educação formal, sempre acharam justificável oferecer para seus filhos uma educação mais compatível com a que teriam nos Estados Unidos. Outras missões fizeram o mesmo, mas não com uma duração tão extensa transpondo várias gerações. Há casos de filhos de missionários egressos destas escolas que, hoje adultos,demandam o reconhecimento de que foram abusados ali e entendem que a agência missionária mantenedora é responsável em parte pelos abusos sofridos. Eles acreditam também que internatos onde as crianças são retiradas da família protetora para viverem segmentadas por idade, longe inclusive de seus irmãos, são ambientes propícios ao abuso. No Brasil, um destes internatos fechou, há vários anos, o outro continua em funcionamento.

O Brasil também está neste mapa. Em 2013, o missionário Warren Scott Kennel, 45, na época atuando como enviado da New Tribes Mission, que traduzia a Bíblia para a etnia Katukina no Norte do país, foi interceptado ao entrar no Aeroporto Internacional de Miami. A polícia aduaneira vasculhou seus pertences e encontrou em seu computador e pendrives mais de 940 imagens pornográficas envolvendo crianças. Em algumas delas Kennel era o próprio abusador. O missionário foi preso, respondeu processo e cumprirá 58 anos na cadeia por abuso sexual e participação na exploração sexual comercial de crianças.

Para qualquer líder de ministério ou agência missionária, este é o seu pior pesadelo! Muitos têm dificuldade em aceitar que seus próprios colegas possam ter uma vida dupla tão grotesca. E nós, cristãos em geral, temos dificuldade em não taxar o grupo todo como responsável pelas ações de uma pessoa, que oprimiu vidas inocentes anos a fio. É por isto que iniciativas como a da Junta de Missões Mundiais (JMM) da Convenção Batista Brasileira são tão relevantes e imprescindíveis. A junta publicou no ano passado suaPolítica de Proteção da Criança. Tais políticas são documentos que preconizam as ações com as quais todos em uma organização devem se comprometer para garantir a proteção de suas crianças. A recente publicação da política interna de proteção à criança da JMM é fruto de um trabalho sério de sua liderança que inclui prever ações que protejam as crianças que serão tocadas pela ação missionária em toda a sua rede. O manual aborda ações desde o recrutamento do candidato a missões até a sua manutenção no campo. A ideia é ajudar os missionários nos campos a agirem com mais clareza e rapidez quando suspeitam algum comportamento danoso de um colega ou associado e também formar nestes uma consciência de agentes de defesa das crianças em primeiro lugar, acima inclusive, da imagem de sua instituição.

Para os que ouvem estas coisas e imaginam que o problema é “norte-americano”, cabe uma pergunta: qual é a chance de um missionário brasileiro com o mesmo crime de Kennel, trabalhando no exterior, ser apreendido ao entrar no Brasil, ser encarcerado, julgado e condenado a 58 anos de prisão? Temos o mesmo problema, mas o grau de impunidade que reina no Brasil nos ajuda a negar a sua existência.

• Elsie Gilbert é jornalista e editora do blog da Rede Mãos Dadas.

Imagem: Freeimages.com

terça-feira, 24 de maio de 2016

Programação de Combate ao Abuso e À Exploração Sexual De Crianças E Adolescentes Na Ilha Do Outeiro

Começou com uma mesa redonda na quinta dia 19 de Maio, onde crianças e pais puderam perguntar sobre a temática na Escola Municipal Pedro Demo


No dia 20 de maio foi a 1ª Marcha Combate ao Abuso e À Exploração Sexual De Crianças E Adolescentes percorrendo as ruas de Outeiro.


Foi lindo ver as crianças marchando contra o Abuso e a Exploração Sexual



"aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão. Lutem pelos direitos do órfão, defendam a causa da viúva." Isaías 1:17


"Erga a voz em favor dos que não podem defender-se, seja o defensor de todos os desamparados." Provérbios 31:8


Quero parabenizar a Escola Municipal Pedro Demo por abraçar essa causa.

domingo, 22 de maio de 2016

1º Seminário Efatá- Missões estratégicas

A União Missionária Efatá é uma instituição missionária interdenominacional que fomenta a educação cristã, formação de missionários e experiências consistentes em campo. 

Neste seminário trataremos sobre o tema Missões Estratégicas no âmbito das missões urbanas e missões com povos não alcançados, sendo indígenas, quilombolas e ribeirinhos. Teremos a presença de missionários que contribuíram com sua formação e experiência nos impulsionando para a capacitação ao campo missionário. 

Pastor Luciano Oliveira virá de Cabo Frio (RJ) para falar de suas experiências no MEVAM e a missão de evangelizar nas cidades. 

Missionária Jéssica Gonçalves falará do Projeto Campos Brancos e as missões com comunidades não alcancadas que vivem distante dos centro urbanos, sendo indígenas, quilombolas e ribeirinhos. 

Missionária Mayara Filgueira virá da JOCUM Alcance Amazônico para compartilhar conosco sobre o trabalho com os ribeirinhos de nossa região. 

Missionário Rafael Sousa, lider e fundador da União Missionária Efatá estará ministrando uma palavra de Deus pra sua vida. Venham...o Reino chama!!!

PROGRAMAÇÃO:

DIA 24 (SEXTA FEIRA-ABERTURA).
Ministração: Miss.Rafael Sousa.
Início: 19:00.
DIA 25 (SÁBADO).
1°Ministração: Miss. Jessica Gonçalves.
Coffee Break.
2° Ministração: Miss. Mayara Filgueira.
Inicio: 08:00 hs
3° Ministração:Pr. Luciano Oliveira.
Inicio: 19:00.
DIA 26 (DOMINGO-ENCERRAMENTO).
Ministração: Pr.Luciano Oliveira. 
Inicio: 18:00 hs.


Inscrições e informações no link: http://tinyurl.com/j66c789

sexta-feira, 20 de maio de 2016

90% dos casos de abuso ocorrem nos lares

90% dos casos de abuso ocorrem nos lares (Foto: Casso)
(Foto: Casso)
Diante da dura realidade de que 90% dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem dentro de casa, a identificação e denúncia do crime pode se tornar ainda mais complicada. Para que tal barreira seja vencida, o projeto ‘Minha Escola, meu refúgio’, da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), presta orientação para que a comunidade escolar seja capaz de identificar mudanças de comportamento características de crianças que estão passando por situação de violência. 

“Recomendamos que as escolas formem grupos de pessoas que tenham maior habilidade para fazer essa abordagem com a criança, quando há suspeita de exploração em casa”, explica a juíza Mônica Maciel.

IDENTIFICAÇÃO

Em 2 anos de atuação, 16 escolas de Belém e região das Ilhas do Combu, Outeiro e Cotijuba receberam a visita de integrantes do projeto. Através das orientações, professores e demais funcionários das escolas são estimulados a ficar atentos a mudanças de comportamento, como agressividade, baixo rendimento escolar e, no caso principalmente das meninas, aversão ao sexo oposto. Quanto mais rápido ocorrer a identificação de tais sinais, mais fácil será reverter os enormes prejuízos causados às crianças e adolescentes que sofrem esse tipo de crime. “Na maioria dos casos, o agressor é o pai, o padrasto, um tio ou um avô. Nesses casos, a criança acaba não sendo resgatada dessa situação nem pela própria família. Aí entra o papel fundamental da escola”.

Atualmente, 680 processos relacionados a crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes tramitam na Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes. Nestes estão incluídos casos de estupro de vulnerável, favorecimento de exploração sexual e tráfico de pessoas.

PRF IDENTIFICOU 53 PONTOS CRÍTICOS NO PARÁ

O projeto Mapear foi criado ainda em 2003, Polícia Rodoviária Federal (PRF), para fortalecer as ações de enfrentamento à violência sexual praticada contra adolescentes e crianças em todo o território brasileiro. Ao longo dos anos, as rodovias federais do país vêm sendo documentadas para identificar pontos que propiciam condições favoráveis à pratica do crime. No último biênio divulgado (2013/2014), a região Norte teve 84 pontos críticos identificados, sendo53 apenas no Pará.

A Polícia Rodoviária Federal realiza ações constantes contra o crime. (Foto: Cezar Magalhães/Arquivo)
Independente do trabalho de prevenção e repressão realizado pela PRF nas rodovias federais do Pará, Érika Sobral, inspetora e membra da Comissão Regional de Direitos Humanos da PRF, destaca a importância do envolvimento de toda a sociedade. “Havia postos de gasolina no Pará que eram considerados vulneráveis para a exploração sexual e que deixaram de ser, porque os próprios responsáveis pelo posto começaram a não permitir algumas situações”, exemplifica. Segundo a inspetora, são muitos os fatores que podem influenciar a prática do crime: desde questões sociais e econômicas, como históricas e culturais também. Para ela, no caso do Estado do Pará, a questão cultural ainda é bastante presente. “Temos regiões onde ainda é comum algumas garotas verem essa situação como uma oportunidade de melhorar de vida, como no Marajó, por exemplo”, aponta Érika. 
Entre os tipos de locais considerados críticos pelo mapeamento de 2013/2014, estão pontos de alimentação, postos de combustível e outros tipo de comércio. Quando se avalia o contexto nacional, os maiores registros foram constatadosem áreas urbanas.

AÇÕES

PRF: Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizará uma ação hoje, das 8h às 12h, na Praça do Memorial Magalhães Barata, em São Brás. Três escolas e um coral formado por crianças e adolescentes participarão da ação que pretende difundir as práticas de prevenção ao crime. 

TJPA: Um encontro marcará o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Plenário Elzaman Bittencourt, do Fórum Criminal da Capital, na Cidade Velha. A equipe do projeto ‘Minha Escola, meu refúgio’ vai se reunir, às 8h30 de hoje, com coordenadores pedagógicos e professores de escolas . Além de trocar ideias e tirar dúvidas, a ideia é que as escolas possam informar se algum caso já foi identificado.

DENUNCIE!

Caso alguém identifique a prática do crime ou desconfie de sua existência, pode denunciar de forma anônima pelo Disque 100, que funciona 24 horas em todo o território nacional. Ao longo de 2015, o Disque 100 registrou 147 denúncias de violência contra menores. Nos 4 primeiros meses de 2016, já foram registradas 33 denúncias.
Cintia Magno

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Jesus Cristo é o evangelho.

Em dias atuais o evangelho tem sido insistentemente remodelado para se encaixar na expectativa da sociedade. Perante uma sociedade hedônica que valoriza o prazer, evita-se o evangelho bíblico que confronta e chama o pecado de pecado. Perante uma sociedade insaciável que busca sempre novidades, reveste-se o evangelho de interpretações humanistas de prosperidade. Perante uma sociedade narcisista que busca destaque individual o evangelho é usado para exaltar a homens e não a Cristo. A tentativa de deformar o evangelho é antiga e Paulo alertou as igrejas na Galácia contra os que pregavam um “outro evangelho”.

A Palavra esclarece que o autor do evangelho é Deus – e não homens; que a identidade do evangelho é Cristo – e não os apóstolos; e que a natureza do evangelho é de profunda e crescente transformação. Transforma perseguidores em perseguidos; agnósticos em crentes; orgulhosos em servos; perdidos em salvos. Quanto à crença, o evangelho nos levar a depositar nossa fé e esperança na graça de Deus e não na capacidade dos homens. Quanto ao relacionamento, o evangelho nos ensina a amar a Deus acima de tudo e ao próximo (amigos ou inimigos) como a nós mesmos. Quanto à missão, o evangelho nos lança ao desejo (e ordem) de Cristo, de fazermos discípulos (dEle) em todas as nações.

O evangelho bíblico diz “bem aventurados” e também “raça de víboras”. Manifesta a graça e também a justiça de Deus. Mostra os atos de bondade e também de punição. Apresenta o céu e também o inferno. Somos pelo evangelho convidados a conhecer a Cristo (nas Escrituras), viver Cristo (dia a dia) e proclamar Cristo (perto e longe). Jesus Cristo é o evangelho.
Ronaldo Lidório

segunda-feira, 16 de maio de 2016

COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ILHA DO OUTEIRO


SEMANA DE COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ILHA DO OUTEIRO - Escola Municipal Prof. Pedro Demo.

O Nação estará lá em apoio!

sábado, 14 de maio de 2016

Escola Aberta de Missões - Curso à distância


Foto de Missão na Íntegra.

Já iniciaram as inscrições para o primeiro Curso da Escola Aberta de Missões (EAM)! O curso é direcionado àqueles que têm interesse em aprender mais sobre Missão e Evangelização.
Últimas vagas! 
Informações e inscrições: 

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Marcha Para Jesus 2016 - 400 anos de Belém


Dia 28 de Maio às 15h, vamos entronizar o Reis dos reis e Senhor dos senhores em nossa cidade. Vamos avançar adorando ao Grande Deus e intercedendo por nossa cidade, estado e nação. O Espírito e a noiva dizem: Vem!

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Seminário Prumo Divino - Começa hoje!!! 09 a 22 de maio na AD Angustura 2


O Seminário do Prumo Divino é baseado no livro Paredes do meu coração do Dr. Bruce Thompson e Barbara Thompson que teve a Bíblia como seu fundamento para solucionar todo tipo de problema que afeta o ser humano.

Em Provérbios 4:23 nos fala que tudo de mais vital para o homem procede do seu coração, mas ao longo da vida devido aos traumas e abusos criamos paredes de proteção, muros ao redor das nossas emoções na tentativa de auto defesa que são transformadas em muralhas de um cárcere pessoal interno que aprisiona nossa verdadeira personalidade.
 
O Seminário do Prumo Divino vem nos ajudar a derrubar essas muralhas para que o muro da salvação fundamentado na Pedra Angular que é Cristo seja reconstruído assim como fez Neemias na reconstrução do Muro de Jerusalém. 

Os temas que serão abordados :
  • Uma busca de soluções para as recordações amargas 
  • Comportamento Passivo e Agressivo
  • Componentes da Identidade
  • Figuras de autoridades 
  • Falsos Profetas 
  • Tempestades 
  • Síndrome da ausência paterna 
  • Paredes de proteção decorrentes da Rejeição
  • Paredes decorrentes da Revolta/Rebelião 
  • Tipos de manipuladores 
  • Tipos de personalidades
  • Fugas
  • A restauração da Personalidade 
  • Reconstruindo os alicerces 
  • Descobrindo quem é nosso Pai
  • Redenção
  • Arrependimento
  • Coração atormentado 
  • Libertação pelo Perdão 
  • Derrotando o inimigo
  • Renovação 
  • Reconstrução – um novo caráter .
Contato e informações: (91) 98232-4768

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Re Clamar os Dons do Espírito


Depois do primeiro Re Clamar, onde Clamamos Outra Vez por Louvor e Adoração, agora o Senhor nos chama a não Cesar o Clamor.

Entretanto, busquem com dedicação os melhores Dons” 1 Coríntios 12: 31

Os Dons do Espírito Santo descritos na carta de Paulo aos Coríntios não são para nossa geração?

Claro que sim! Nós que não temos buscado! Não conhecemos nem quais são os Dons!

Qual a diferença do Dom da Palavra de Sabedoria para o Dom de Palavra de Conhecimento? E a diferença do dom de Cura para o dom de Operação de Maravilhas?

É vergonhoso ver que a maioria de nossos irmãos nunca na sua vida cristã viu a manifestação do Dom de Interpretação de línguas, eu vi apenas na minha infância. Isso é uma vergonha para igreja de nossos dias, tanto a falta de conhecimento a cerca dos Dons, quanto da manifestação deles em nossos cultos.


Convido você a vir no dia 14 de maio de 2016 a Re Clamar os Dons do Espírito de Deus para igreja. Estaremos na Assembleia de Deus da José Bonifacio, no Bairro do Guamá, das 14h as 19h, Re Clamando ao Senhor.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Como chegar a uma conclusão teológica?

Normalmente as conversas, debates e discussões sobre teologia giram em torno das diferentes perspectivas apresentadas: Pessoas apresentam suas conclusões e dialogam sobre suas diferenças na tentativa de clarificar sua própria opinião e apontas os possíveis equívocos da opinião do outro. Entretanto, pouco tempo é investido no diálogo relacionado ao processo de formação de uma opinião teológica. Por isso, nesse artigo gostaríamos de responder a pergunta: Se a Bíblia é a fonte de informação para a Teologia Cristã, como as pessoas chegam a diferentes conclusões teológicas?

responder a essa pergunta, nesse post pretendemos: (1) Definir o que é uma conclusão teológica; (2) Apresentar as diferentes partes da definição e (3) Demonstrar como as diferentes partes consolidam uma conclusão.

Nosso objetivo é oferecer uma introdução a metodologia teológica com o objetivo de auxiliar a conversa teológica entre pessoas de diferentes opiniões dentro da ortodoxia cristã.

Por fim, vamos apresentar nossa perspectiva sobre a validade do diálogo entre pessoas de opiniões teológicas por apresentar nossa perspectiva no assunto.

1. Definição de conclusão teológica:



Como chegar a uma conclusão teológica?
Como chegar a uma conclusão teológica?
O que é uma Conclusão Teológica? Uma conclusão teológica é o resultado da (1) análises de um conjunto de evidências, (2) baseadas em um conjunto de pressupostos (3) por meio de um método previamente definido. Ou de modo mais simples: [Evidência] + [Pressuposto] + [Método] = Conclusão. Nossa definição assume que o resultado da reflexão teológica inclui não apenas o texto, mas também o humano por trás da interpretação do mesmo. Ela também assume que o humano não é isento de preferências e perspectivas, o que por fim gera as diferentes opiniões. Também assume que a sistematização teológica é também dependente de tal conjunto de preferências e perspectivas, a que denominamos pressupostos. Também assume que existem diferentes modos de abordagem da evidência fundamental da teologia.
Por outro lado, nossa definição exclui a atuação divina na produção da opinião teológica, não por assumir que Deus não está presente no processo, mas para realçar a falibilidade de todos os nossos sistemas teológicos, que em última análise são todos produzidos por seres humanos caídos. Com isso estamos dizendo que nenhuma das nossas conclusões teológicas tem o mesmostatus ou autoridade das escrituras inspiradas por Deus, sem negar que o labor teológico deva ser feito debaixo da orientação e supervisão divina. Nossa definição também exclui a qualidade moral ou espiritual do indivíduo por trás da produção teológica, pelo simples fato de que conclusões teológicas não são o monopólio dos santos. Qualquer um pode chegar uma conclusão teológica, santos, cristãos carnais, ateus e atoas. A validade de tais conclusões está sujeita à validade de suas afirmações.

2. O que constitui ‘evidência‘ na produção teológica?

Em outras, nós estamos perguntando qual é a extensão da matéria prima da conclusão teológica. Existem basicamente dois tipos de evidências a serem analisadas: (1) Evidências primárias e (2) Secundárias.

A. Evidências Primárias

O texto original das escrituras é a evidência primária da teologia
O texto original das escrituras é a evidência primária da teologia
Para Teologia Cristã, constitui-se evidência primária o texto das escrituras no seu idioma original. Aqueles que investigam o texto no seu idioma original estão lidam em primeira mão com a mais importante evidência para a construção da teologia. De forma geral, quatro tipos de “pesquisadores” fazem esse trabalho: (a) Crítico textual, (b) o Exegeta, (c) o Teólogo e (d) o Pastor
crítico textual trabalha com a análise do texto do ponto de vista da sua forma e a pergunta mais importante para ser respondida por ele é: “Qual é o texto original da passagem?” Para responder a essa pergunta, o crítico textualvai analisar os manuscritos existentes de determinado texto para apontar onde, como e por que (se possível) o texto foi alterado durante séculos de transmissão manuscrita (feita a mão). Sua conclusão apresenta a forma mais antiga possível (ou até mesmo o original) de um determinado texto das escrituras.
exegeta trabalha com a análise do texto do ponto de vista do sentido e significado e as perguntas mais importantes para serem respondida por ele são: “O que o texto diz?” e “Qual é o significado desse texto?”. Assumindo a forma do texto (ou até investigando a mesma), o exegeta se esforça para analisar as conexões sintáticas, gramaticais, léxicas, e o pano de fundo histórico para oferecer a tradução do texto de modo mais apropriado e para apresentar o significado do texto em conformidade com o texto original.
teólogo trabalha com a análise do texto do ponto de vista do conteúdo e da coerência e as perguntas mais importantes para serem respondidas por ele são: “Qual é o valor teológico desse texto?” e “Como esse texto se relaciona com as escrituras?” Assumindo (ou até mesmo investigando) o sentido e o significado de um conjunto de textos, o teólogo os agrupa por temas e atribue o devido valor teológico a eles.
pastor trabalho com a análise do texto do ponto de vista prático e a pergunta mais importante para ser respondida por ele é: “Com esse texto se aplica de modo prático hoje?”. Assumindo (ou até mesmo investigando) o sentido e significado de um texto em particular, o pastor estuda o texto com o objetivo de apresentar ao cristão o que Deus espera dele a partir do texto estudado.
pesquisadores apresentados aqui representam diferentes e não auto-excludentes abordagens ao texto original. Mas como você pode perceber, usando a mesma ‘evidência’, diferentes abordagem podem apresentar diferentes sentidos de um mesmo texto, o que facilmente explica como opiniões diferentes podem surgir da análise de um mesmo texto.

B. Evidências Secundárias

Livros de teologia, exegese, comentários
Livros de teologia, exegese, comentários, dicionários.
Por evidências secundárias queremos dizer todo o material produzido por críticos textuais, exegetas, teólogos e pastores. O aparato crítico produzido por um grupo de críticos textuais é uma forma de evidência secundária, bem como o léxico, dicionário etimológico, exegético, e teológico. A tradução e comentário de um exegeta, a teologia sistemática e o livro pastoral também são evidências secundárias. Nesse sentido, qualquer livro produzido sobre as escrituras sob qualquer foco, em qualquer período da história se configura evidência secundária.
Mas, isso não significa que eles são equidistantes da evidência primária, pois é possível ler livros de teologia que apesar de serem úteis não tiveram contato com o texto original, evidência primária da teologia. O mesmo pode ser dito sobre livros pastorais e comentários populares. Comentários intermediários e avançados interagem largamente com o texto original e por isso estão mais próximos da evidência primária das escrituras.
Também se considera evidência para o estudo teológico, a teologia produzida historicamente por cristãos, conhecida como Teologia Histórica. Nessa grupo de evidência encontramos os que os Pais da Igreja, os Teólogos Medievais, Modernos e contemporâneos. Como se pode perceber, a quantidade de informação existente aqui leva pessoas a apresentarem diferentes valores esse conjunto de evidência.
Como é possível perceber, o labor teológico pode ser fatigante. Há mais evidência a ser analisada do que muitas pessoas pensam. Uma conclusão teológica séria precisar entrar em contato, em algum nível, com a evidência primária da teologia (nem que seja através do auxílio de comentários) e com uma boa dose de evidências secundárias. Mas, como o próprio nome sugere, todas as evidências secundárias estão sujeitas ao texto das escrituras.

3. O que é ‘método teológico‘?

Método Teológico é o meio pelo qual as evidências são processadas. Uma vez coletadas as evidências, o estudante de teologia vai agora processar as informações usando critérios que deveriam ser previamente definidos. Diferentes métodos teológicos são conhecidos. Os métodos aqui apresentados foram extraídos e adaptados da apostila de Teologia Sistemática do Scott Horrell [material não publicado].

A. Modelo Tradicional (Teologia Sistemática)

Modelo Tradicional de Teologia Sistemática
Modelo Tradicional de Teologia Sistemática
No modelo da tradicional da teologia sistemática, uma afirmação/conclusão teológica é o resultado da Epistemologia + Escritura + Teologia Bíblica. Epistemologia é o estudo do que sabemos e de como sabemos o que sabemos que é primariamente fundamentada no modelo de correspondência da verdade (i.e. a verdade consiste na correspondência com a realidade). Por escritura, se entende o estudo da mesma e inclui a crítica textual, linguística, o estudo do pano de fundo histórico e a exegese. O resultado desse estudo organizado em conformidade com autor, estilo, data é chamado de Teologia Bíblica, que por fim será sistematizada e chamada de Teologia Sistemática.
O problema do modelo tradicional é que a história da teologia não faz parte do seus esforços, como se a opinião dos cristãos de outras eras não fosse importante para o labor teológico. Outro ponto fraco, é que esse modelo teológico assume que a conclusão teológica é o ponto final do labor teológico. Também assume que tal conclusão não precisa ser re-avaliada. Por outro lado, esse modelo é claramente centrado nas escrituras e se esforça para mantê-la como substrato da teologia.

B. Modelo Cíclico (Teologia Sistemática)

Modelo Tradicional Circular
Modelo Tradicional Circular
No modelo tradicional cíclico, o mesmo grupo de evidências é analisado, mas nele o teólogo tenta corrigir o problema de assumir a conclusão teológica como ponto final, e aceita a reavaliação da mesma através do aprofundamento no estudo. Nesse modelo, a teologia histórica é também considerada como parte da pesquisa teológica. Com essas pequenas alterações esse modelo aprimora o modelo tradicional nos pontos fracos que apresenta. O que é interessante nesse modelo teológico é a pressuposição de que a conclusão teológica não é estática, mas está em processo de desenvolvimento. Nesse modelo, o labor teológico não tem fim, e presume que o teólogo está sempre processo. Por outro lado, a exegese bíblica perde [um pouco] seu papel de importância.

C. Teologia e Exegese

D.A. Carson
A centralidade da exegese na produção teológica
D.A. Carson, por outro lado, sugere que o método teológico adequado é aquele que assume a exegese como substrado da conclusão teológica. Para ele, a exegese produz a teologia bíblica, que auxiliada pela teologia histórica produz a teologia sistemática, que por sua vez é reavaliada pela teologia bíblica e pela exegese. Segundo ele, é somente nessa interdependência entre a conclusão teológica e a exegese que se sistematiza responsavelmente a teologia cristã [D. A. Carson, “Unity and Diversity in the New Testament: The Possibility of Systematic Theology,” in Scripture and Truth (2d ed., Carlisle: Paternoster; Grand Rapids: Baker, 1992) 91].

D. Teologia e Experiência

A tradição Wesleyiana define que a teologia tem quatro pilares fundamentais:
Método Teológico Wesleyano
Método Teológico Wesleyano
Escritura, a tradição, a razão e a experiência. Nesse modelo, conhecido como quadrilátero wesleiano, a escritura e a tradição são interpretadas tanto pela razão quanto pela experiência. Segundo Wesley, o estudante de teologia “não deve subestimar o valor da evidência apresentada pela tradição, pois é extremamente útil em seu gênero e grau” [Works, X, 75]. Wesley também entendia a experiência como a mais importante evidência do Cristianismo e acreditava ser também a mais simples de ser compreendida: “Eu era cego, mas agora eu vejo“, e portanto deveria fazer parte do labor teológico cristão.
Em geral, outras tradições importantes do protestantismo não aceitam que a experiência faça parte da produção teológica. O argumento é que enquanto a evidência da escritura é objetiva, a experiência é subjetiva e pode conduzir o estudante a conclusões aprovadas pela experiência mas rejeitadas pelas escrituras. O problema desse argumento é que ele assume que a interpretação do texto da escritura é estritamente objetiva, o que por experiência sabemos não ser. As diferentes opiniões teológicas não nos deixam mentir aqui.
Os métodos apresentados aqui não são, de forma nenhuma, definitivos ou exclusivos. Nem são os únicos existentes. Aliás, existem tantas propostas de métodos quanto existem teólogos e suas opiniões. O que aprensentamos aqui são apenas apresentação dos mais conhecidos e usados métodos teológicos. Como ficou evidente nessa breve apresentação, a evidência para a teologia é processada por um método definido, e por isso não é de se surpreender que pessoas olhando para o mesmo grupo de evidências cheguem a conclusões completamente diferentes.

4. O que é um ‘pressuposto‘?

Pressuposto é o conjunto de ideias normalmente [não necessariamente] definidas à priori que serve como ponto de partida para a análise das evidências. Eventualmente esse conjunto de ideias é suportado por evidências e é fruto do labor teológico. Por outro lado, eventualmente o mesmo é apenas assumido como verdadeiro. Por exemplo: Milagres existem? Aqueles que acreditam que milagre não podem existir em um mundo real mas aceitam o valor religioso das escrituras, apelam para a natureza ‘mítica‘ dos relatos dos evangelhos.  Para aqueles que acreditam que milagres são possíveis no mundo real em função da existência real de um Deus sobrenatural que pode intervir soberanamente em Sua criação, os relatos do evangelho são descrições da verdade.
Um interessante exemplo do primeiro caso é William Barclay. No livro “The mind of Jesus” ele argumenta que os milagres relatados nos evangelhos são verdadeiros à medida que se entende o significado dos mesmo. Os milagres carregam sentido religioso real mas é historicamente improvável que tenham acontecido como narrados. Os eventos não representam a realidade, mas a mensagem é viva e útil.  Por outro lado, Darrell Bock no livro “Jesus according to the Scriptures“, partindo do pressuposto de que Jesus é o Homem-Deus, defende que os milagres são reais tanto no evento como no sentido.
Esse tipo de fenômeno é comum e recorrente na produção teológica e para ilustra-lo vou usar um exemplos pessoal de como meus pressupostos dirigiram meu labor teológico para o erro hermenêutico. Dessa forma, posso ser sincero, objetivo e duro pois sei que o autor não vai se ofender.
No artigo Jesus afirmou ser Deus?, eu intentei demonstrar como o relato dos evangelhos apontam para o fato de que Jesus de fato afirmou ser Deus. Para isso, selecionei algumas das obras e ensinos de Cristo que apontam para o fato de que Cristo é apresentado como divino nos evangelhos sinópticos. Também apresentei ocasiões nas quais Jesus aceita dos homens o que somente Deus poderia aceitar. Com um caso cumulativo tentei demonstrar que Jesus afirmou ser Deus com o que fez e falou, e de fato, acredito que o artigo fez isso muito bem. Entretanto, ao interpretar Mat.4.7, eu afirmei que Jesus afirmou ser Deus quando disse: “Novamente está escrito: ‘Não deves pôr Jeová, teu Deus, à prova.’”. E então conclui: “Nessa simples frase, Jesus disse: Pare de me tentar, eu sou Jeová teu Deus. Simples e claro“.
De fato, fui atraído a essa interpretação do texto por influências do Norman Geisler, a quem admiro e respeito, mas infelizmente essa interpretação está equivocada. O pressuposto teológico de que Jesus é Deus [que está correto] me levou a ler o que não estava no texto. O pressuposto atribuiu cores ao texto que o texto mesmo não tinha. Ao invés de extrair do texto o sentido eu importei o sentido da minha teologia ao texto. Violei as escrituras com a minha teologia. A intenção era boa, mas o resultado não.

Conclusão

Como ficou claro nesse artigo, existem diferentes métodos para avaliar um determinado grupo de evidências que, em geral, é afetado pelos pressupostos assumidos pelo teólogo. Por isso, o labor teológico deve ser feito com respeito às escrituras a ponto de o autor poder rejeitar seus próprios pressupostos em benefício da verdade apresentada no texto. Ainda que diferentes métodos sejam utilizados, e até mesmo um diferente conjunto de evidências sejam analisadas, o estudante de teologia deve estar disposto a abandonar suas conclusões pessoais em favor da verdade que encontra no texto das escrituras. Inspirada é a escritura e Seu autor, não seu leitor, não importa quão qualificado ele pareça ser.
Agora, conhecendo um pouco mais sobre como uma conclusão teológica é construída e as diferentes facetas do estudo teológico, você pode entender por que é que existem tantas vertentes teológicas apesar de o texto base ser o mesmo. Nem sempre o problema é a evidência, mas o método pelo qual as evidências são analisadas. A diferença entre arminianos e calvinistas não está relacionada ao texto da escritura, mas ao conjunto de pressupostos e o método pelo qual a evidência é analisada. O mesmo pode ser dito da diferença entre aliancistas dispensacionalistascessacionistas e pentecostais e assim por diante. O problema não é o conhecimento da evidência, mas o processamento da mesma. Não se resolvem essas diferenças por citar diferentes versos (como se os oponentes não os conhecessem), mas ao entender o como se processou as diferentes opiniões.
Em outras palavras, é assim que se chega a uma conclusão teológica…