quarta-feira, 22 de abril de 2015

“Não julgueis”. Ou: Doutrinas NeoPentecostais que nos encantam, sim Encantam. Parte 1

“Não julguem, para que vocês não sejam julgados.” (Mateus 7.1) Frase de Jesus, no sermão da montanha, que tem feito sucesso de uns anos para cá. Lógico que fora do seu contexto, pois se fosse interpretada corretamente não ouviríamos as aberrações que ouvimos nos púlpitos.

Vamos conversar um pouco sobre o que é verdade e o que não é, a respeito deste texto.

E sim, vamos julgar!

Vamos começar do básico da Hermenêutica – estudo da interpretação (explicação simplória e direta, eu sei, mas este texto não é sobre hermenêutica, apenas faz uso dela). O básico da interpretação é utilizar o próprio português para analisar o que Jesus quis e o que ELE não quis dizer. Lógico que devemos observar o original em Grego e Hebraico, mas como nem todos tem acesso ou compreendem as duas línguas, vamos pelas traduções mais comuns em português – Revista e Corrigida; e Revista e Atualizada – que já rendem muita coisa.

Jesus não proibe o julgamento!.

“Mas como assim? ELE não começa com um sonoro ‘NÃO’?”

Pois é isso mesmo! Se você permanecer no primeiro verso vai ter apenas uma parte da revelação (por revelação, entenda-se Bíblia).

O que Jesus queria ensinar é como DEVEMOS julgar. Não seria o julgar, pelo simples julgar, como faziam os Fariseu, que se colocavam como a medida de julgamento, por isso “...com a mesma medida que julgardes, sereis julgados”(Mateus 7.2).

Veja a palavra Julgar no dicionário:

3. Crer por indícios, suposição, etc.; supor, presumir, pressupor. 4. Formar opinião ou juízo crítico sobre; avaliar. 5. Considerar.

Jesus nos chama a atenção sobre o como Julgar e não o NÃO julgar, pois TODO ser humano produz um julgamento, bom ou mal sobre tudo. (se você não é humano, desconsidere a afirmação anterior!).

Os que tem escravizado a Igreja com essa afirmação Neopentecostal fora de contexto, se valem de afirmações do Antigo Testamento como “... crede nos seus profetas...” (2Crônicas 20.20). Tudo bem, mas a mesma Bíblia me ensina que devo ter “cuidado com os falsos profetas.” (Mateus 7.15).

E surge a dúvida: como eu posso saber se o profeta é falso ou verdadeiro se eu não “presumir, pressupor, formar opinião ou juízo crítico sobre, avaliar, considerar”, opa: julgar?(!?)

Longe de mim trazer dúvida sobre a sua vida, mas gostaria de lhe direcionar, em um entendimento mais claro e inteligente das escrituras.

Insisto: TUDO que é dito em nossos púlpitos, cultos, seminários, conferências e outras programações, precisa urgentemente ser julgado à luz das verdades da Palavra de DEUS, pois somente ela é a régua de medir sem erro.

O renome ou status do Pregador ou Pregadora, conhecidos pela ‘unção’(?) nos “Calebes das 23:50h”, na Conferência “Colisão Pentecostal” ou nos Congressos de faixa etária Pentecostal (ou neo?), não os isenta ou imuniza de julgamento por parte do Povo de DEUS.

A grande questão é: Eu, como Povo de DEUS, estou vivendo uma vida sem “traves nos olhos” para poder assim julgar?

E se você pregador do Paletó de Fogo, que derruba multidões (não sei porque!) e traz avivamento (ou movimento), estiver pregando a Palavra de DEUS não terá problema nenhum em ser julgado, pois se você está falando o que o Grande REI lhe mandou dizer, ELE mesmo se responsabilizará em: Primeiro, cumprir a Palavra dELE que você falou; e Segundo, mostrar ao que julga você que a Palavra que você fala é digna de aceitação por vir dELE e não do pregador.

Ou seja, DEUS é glorificado quando o SEU Povo Julga!

Na Paz do SENHOR JESUS, o Justo Juiz.
Judson Brito, que espera que você possa julgar o texto! (conferir Mateus 7.15)

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