terça-feira, 2 de setembro de 2014

Participe do Plebiscito Popular pela Reforma Política!

De 1º e 7 de setembro a população brasileira poderá, em um plebiscito popular, responder a seguinte pergunta: "Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o sistema político?". A consulta, que não tem efeito legal, servirá como demonstrativo da necessidade de uma mudança efetiva no sistema político-partidário que dê conta da representatividade da sociedade.
Espera-se colher até 10 milhões de votos ao longo de uma semana de campanha na qual também se buscará angariar assinaturas para o Projeto de Lei Popular pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. Para Morgana Boostel, coordenadora de articulação da Rede FALE, “esse é um importante momento para a sociedade brasileira se posicionar ante a necessidade de transformar as estruturas políticas do nosso país. Vivemos um modelo viciado, em que apenas o interesse econômico tem vez e voz; é preciso mudar!”.
Renan Porto, articulador da Rede FALE no Triângulo Mineiro, pondera que “faz parte de nossa missão influenciar o país na construção de estruturas mais justas, assim cumprimos o mandamento de Deus de cuidar dos mais fracos e menos favorecidos da sociedade”.
Serão urnas espalhadas em diversas cidades do país. Votos também poderão ser realizados pela internet, com número do CPF, no site do Comitê Plebiscito Constituinte, www.plebiscitoconstituinte.org.br.
O plebiscito popular pela reforma política conta com cerca de mil comitês espalhados pelo país. A Rede FALE esteve presente na formação da coordenação nacional, ainda em setembro de 2013. A organização soma hoje mais de 400 entidades, entre movimentos sociais, igrejas, sindicatos, partidos e coletivos. Somam-se a esse grupo outras organizações cristãs como Visão Mundial, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs-CONIC, Evangélicos pela Justiça-EPJ, Coletivo Ame a Verdade, entre outros.

Real necessidade?
Alguns números ajudam a entender o cenário político brasileiro e a necessidade de uma reforma política. Aproximadamente 70% dos deputados e senadores representam grandes empresários e o agronegócio. Será que sete em cada dez brasileiros são donos de latifúndios ou de corporações?
Esse fenômeno pode ser explicado pelo fato de que 95% do financiamento de campanha é oriundo desses grupos, e não estamos falando em pouco dinheiro. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o gasto com a campanha de um deputado federal em 2010 era, em média, de R$ 1,1 milhão. Para se eleger ao senado, o gasto saltou de R$ 4,5 milhões para R$ 5,6 milhões. Quem consegue se eleger sem recorrer a um financiador que não cobrará retorno?
Além disso, as mulheres no Brasil, de acordo com o IBGE, são 51% da população brasileira e 52% do eleitorado. No entanto, esses números não se refletem na representação no Congresso Nacional. Aatual bancada feminina na Câmara Federal representa apenas 8,77% do total, com 45 deputadas. No Senado, há 12 senadoras, dentre os 81 lugares.
Mais informações: www.plebiscitoconstituinte.org.br

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