sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Onde está o amor?

O amor é descrito nos livros, proclamado nas poesias, cantado na musica, filmado no cinema. O amor é o fenômeno psicológico mais procurado da história, mas é o menos compreendido.

Reis procuram o amor no poder, mas súditos morrem de angustia. Famosos o buscam nos aplausos, mas muitos morrem solitários. Ricos tentam comprá-los com sua fortuna, pois o dinheiro compra o mundo, mas não o sentimento de vida. Poetas procuram encontrá-los nas letras, mas muitos se despedem da vida sem poesia. Cientistas o colocam na prancheta das suas idéias, mas nunca conseguem entendê-lo.

Para muitos, o amor não passa de uma miragem no árido solo de suas emoções. Eles o procuram de forma errada e nos lugares errados. Acham que ele se esconde nas grandes coisas, mas ele sempre está presente nas coisas simples, diminutas, quase imperceptíveis. Ele sempre está presente nos sorrisos das crianças, nos beijos das mães nos consolos dos amigos, nas dádivas do criador.

Onde está o amor singelo, ingênuo, arrebatador que resgata o sentimento da vida e nos faz sorrir, mesmo quando temos motivos pra chorar? Onde está o amor que nos faz acorda pela manhã e dizer que a vida é maravilhosa, apesar de todos os problemas? Onde está o amor que nos faz ter esperança em alguém, mesmo quando sofremos decepções? Onde está o amor que transforma o trabalho num oásis, mesmo sob o calor da competição e das relações tensas? Onde está o amor que nos faz ver que a vida é uma janela para eternidade, mesmo quando estamos chorando copiosamente pela perda das pessoas que amamos?

Jesus não deixou nenhuma marca, senha ou dogma religioso para indicar seus discípulos, somente o amor: “Nisto conheceres que vós sois meus discípulos, se amardes uns aos outros”. O verdadeiro discípulo não era o que errava menos, o mais ético ou o mais puro, mais aquele que amava.

Uma pessoa podia fazer orações o dia inteiro, elogiá-lo e ser um pregador de suas palavras, mas, se não tivesse o amor, não era um discípulo, mas apenas um mero admirador.

Rodrygo Gonçalves

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